John B. Goodenough, pessoa mais velha a ganhar um Prêmio Nobel, morre aos 100 anos
Americano ganhou o Nobel de Química pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio. Ele tinha 97 anos quando recebeu o Prêmio Nobel de Química de 2019. O cientista John Goodenough, um dos vencedores do Nobel de Química de 2019.
Peter Nicholls/Reuters
Pessoa mais velha a ganhar um Prêmio Nobel, John Goodenough, pioneiro no desenvolvimento de baterias de íon-lítio que hoje alimentam milhões de veículos elétricos em todo o mundo, morreu no domingo (25), apenas um mês antes de seu 101º aniversário.
👉 Goodenough tinha 97 anos quando recebeu o Prêmio Nobel de Química de 2019 – junto com o britânico Stanley Whittingham e o japonês Akira Yoshino, por suas respectivas pesquisas sobre baterias de íon-lítio – tornando-o o ganhador mais velho de um Prêmio Nobel.
📱 A bateria de íons de lítio criada por Goodenough se tornou popular a partir da década de 1990 e revolucionou a telefonia móvel.
“Esta bateria recarregável lançou as bases da eletrônica sem fio, como telefones celulares e laptops”, disse a Real Academia Sueca de Ciências ao entregar o prêmio.
E acrescentou: “Também torna possível um mundo livre de combustíveis fósseis, já que é usado para tudo, desde alimentar carros elétricos até armazenar energia de fontes renováveis”.
No vídeo abaixo, veja a entrega do Nobel ao trio que desenvolveu baterias de íons de lítio.
Nobel de Química vai para trio que desenvolveu baterias de íons de lítio
Nos últimos anos, Goodenough e sua equipe também exploraram novas direções para o armazenamento de energia, incluindo uma bateria de “vidro” com eletrólito de estado sólido e eletrodos metálicos de lítio ou sódio.
Ele nasceu em 25 de julho de 1922, em Jena, na Alemanha.
O americano foi “um líder na vanguarda da pesquisa científica ao longo das muitas décadas de sua carreira”, disse Jay Hartzell, presidente da Universidade do Texas em Austin, onde Goodenough foi membro do corpo docente por 37 anos.
Até então, o mais velho laureado era Arthur Ashkin, de 96 anos, que ganhou o Nobel em 2018 por sua pesquisa em pinças ópticas e a aplicação delas em sistemas biológicos.
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