Grupo do Projeto Maria Tereza saiu de casa às 9h e chegou ao local de prova, no Campus da UPE, por volta das 11h. “Se a gente saísse de casa 11h30, não chegava a tempo”, diz estudante. ENEM 2024 -DOMINGO (10) – Petrolina (PE) – Estudantes chegam para o segundo dia do Enem no Campus Petrolina da UPE
Emerson Rocha /g1 Petrolina
Saber calcular a distância entre dois pontos é um fator importante para os candidatos que querem ir bem nas questões de física e matemática exigidas neste domingo (10), no segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mas, para alguns estudantes que moram no Projeto Maria Tereza, na zona rural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, a distância de casa para o local da prova é um desafio que precisou ser superado antes mesmo da abertura dos portões.
Para não se atrasar, Ana Carolaine Silva, 20 anos, Maria Eduarda Nunes, 18 anos, e outros colegas que moram na mesma comunidade precisaram sair de casa por volta de 9h30. A distância entre o Projeto e o local de prova, no Campus Petrolina da Universidade de Pernambuco (UPE), é de 1h30.
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Os portões dos locais de prova abrem às 12h e fecham às 13h. Os estudantes do Projeto Maria Tereza chegaram aos Campos da UPE por volta de 11h. “Se a gente saísse de casa 11h30, não chegava a tempo. Melhor não arriscar e perder a prova”, diz Ana Carolaine.
Essa é a segunda vez que Ana faz o Enem. A estudante encara a distância como um desafio a mais para em direção ao sonho de ser médica. A jovem mostrou confiança para o segundo dia de prova.
“O dia que me dou melhor, graças a Deus. Vai cari matemática, química, biologia, física, e estaremos preparados para dar certo e tirar uma boa pontuação, em nome de Jesus”, afirma.
Diferente de Ana Carolaine, Maria Eduarda faz o Enem pela primeira vez. A jovem e os demais colegas estudam na Escola Edson Nolasco, no Projeto Senador Nilo Coelho, também na zona rural de Petrolina. O objetivo é conseguir uma vaga no curso de enfermagem.
“Eu estou muito confiante. Eu espero que eu consiga fazer, mas muito confiante. A expectativa está lá em cima”, garante Maria.
Após responder as 45 questões de múltipla escolha de matemática e suas tecnologias e outras 45 de ciências da natureza e suas tecnologias (conteúdos de física, química e biologia), os estudantes do Projeto Maria Tereza encaram outro desafio, agora para voltar para casa.
“Para volta não tem ônibus, aí a gente volta de carro por aplicativo”, destaca Ana, lembrando que um espera o outro terminar a prova, para dividir o valor da viagem. Enquanto a passagem do ônibus custa R$10, o carro custa R$35 por pessoa.
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