Executivo deixa a empresa em um dos momentos mais críticos da história da Volkswagen. Quem assume seu cargo é Kjell Gruner, executivo vindo da Porsche e que já trabalhou na Rivian. Pablo Di Si deixa a VW
divulgação/Volkswagen
O argentino Pablo Di Si, presidente e CEO do Grupo Volkswagen na América do Norte, não lidera mais a divisão da companhia. A movimentação acontece pouco mais de dois anos após o executivo aceitar o último cargo na VW.
Seu trabalho mais recente esteve ligado com o movimento da marca para lançar seus carros elétricos nos Estados Unidos.
Pablo Di Si começou a carreira no grupo Volkswagen em 2014, como presidente e CEO da montadora alemã na Argentina. Em 2017, ele assumiu o cargo de diretor-executivo da marca no Brasil e América Latina.
Durante esse tempo, um de seus trabalhos foi liderar o desenvolvimento dos carros SUV da Volkswagen no Brasil, como o T-Cross. Ele também envolveu as fábricas do país para exportar os veículos para outros mercados.
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Depois, o executivo argentino assumiu em 2022 o cargo de presidente-executivo para a América Latina. Na região, seu trabalho envolveu 29 países, incluindo o Brasil.
“O mercado norte-americano, que inclui Canadá, México e Estados Unidos, é um pilar estratégico importante para o grupo Volkswagen. Gostaríamos de agradecer a Pablo Di Si, que, com sua equipe, contribuiu de forma duradoura para o fortalecimento das regiões americanas do nosso grupo”, comentou Arno Antlitz, diretor financeiro e operacional do grupo Volkswagen.
Kjell Gruner, nascido na Alemanha, substitui Pablo Di Si a partir do dia 12 de dezembro, mas antes disso o sucessor interino do cargo ocupado pelo executivo argentino é Gerrit Spengler.
Kjell Gruner
divulgação/Volkswagen
Antes de assumir o novo cargo, Gruner trabalhou como diretor comercial da Rivian, uma fabricante americana de veículos 100% elétricos. Seu currículo também inclui passagem por outra empresa do grupo Volkswagen: a Porsche.
A missão de Gruner será buscar uma melhora no cenário atual de vendas dos carros elétricos da Volkswagen, que ainda não conquistaram o público.
Pablo sai da VW em momento crítico
A liderança do executivo estava ligada a mais de 20 mil funcionários na região, justamente em uma das épocas mais desafiadoras para o grupo alemão no mundo.
A Volkswagen é a segunda maior fabricante de carros do mundo, mas passa por um momento delicado. No mês passado, o grupo anunciou plano de demissão em massa, envolvendo dezenas de milhares de funcionários.
A maior montadora de automóveis da Europa vem negociando há semanas com os sindicatos sobre reestruturação de negócios e redução de custos, inclusive considerando o fechamento de fábricas na Alemanha pela primeira vez em sua história.
Mesmo antiga e com bom número de vendas, a Volkswagen vem sofrendo com a demanda mais fraca na China e na Europa, junto da concorrência dos veículos eletrificados de montadoras chinesas.
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